domingo, 13 de fevereiro de 2011

A arte de Críticar


Criticar.
Qual o verdadeiro sentido da crítica?
Entendo a crítica tanto quanto entendo...
Sei lá.

As vezes rendo-me a ideias alheias sobre o tema.
Wilde disse que toda a crítica
é uma forma de auto biografia.


Toda a crítica reflete
a insatisfação do próprio crítico.
Todos criticamos e julgamos
pois a ninguém coube ser perfeito.

A crítica, as vezes, vem disfarçada.
Alguns tem até o verdadeiro desejo
de ajudar o criticado.

Porém, é um tanto estranho,
a mim, ao menos,
criticar ou ouvir uma crítica.
Quem poderia conhecer alguém melhor
do que a si próprio.
Ter-se-ia que ser muito estúpido.

Sei que, para criticar,
temos que acreditar.
Mas, a crença, é uma faca de dois gumes.
Uma moeda com duas faces.
O bem e o mal disputam cada passo do crente.

A confusão da discórdia, a Éris grega,
nos torna criativos, todo artista é confuso.
Quem não está confuso não critica,
ou, logicamente, não deveria.
O confuso tende a perder tempo fazendo o que ainda não foi feito.


A crítica vale tanto quanto o crítico
e o crítico vale tanto quanto
aquilo que pensa.
Esta sim, talvez, seja uma certeza.
Por isso eu adoro as críticas.





 Ítalo Cunha / autor do blog Ociosofias