quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Eu te amo virou bom dia?














     Sinceramente, “sem querer” destruir os laços de falsidade que adornam grande maioria dos depoimentos e recados das redes sociais, mas preciso expressar o nojo que me invade cabalmente cada vez que me deparo com todas essas manifestações de afeto que irradiam falsidade a cada palavra, onde só um  “PS: Estou te iludindo” deixaria ainda mais óbvia a inconsistência desses pseudo-juramentos de amor e amizade.
    Essa distorção do verdadeiro significado de palavras que á principio simbolizavam sentimentos, é um dos fatores que contribuem pra realidade a qual nos encontramos acorrentados, entretanto também é produto da imaturidade de pessoas que ainda não tiveram nenhuma lição verdadeiramente produtiva na escola da vida, aqueles que não percebem que de nada acrescenta um relacionamento de “mentirinha” com data de validade prevista, ou uma declaração que soa como mentira até pra quem a faz, e que é absolutamente nula a importância da frase “eu te amo” quando empregada como “até logo”, tendo como mais admirável objetivo retribuir educação.
      Lamentavelmente até o conceito de eternidade foi jogado ao leu, devido a praticidade do envio de “mentiras bonitinhas” cujo enfoque principal é elevar o status de pessoas que mal se conhecem, e o amor que até então era tido como algo indefinível, a amizade como relacionamento inabalável, tonaram-se palavrinhas legais muito usadas como enfeite de depoimentos, para induzir alguém a participar de um "teatrinho", onde um finge que é verdade e o outro finge que acredita.
    O pior de tudo é ter que conviver com o desenrolar dessas amizades instantâneas por semanas (que é o máximo de tempo que elas se sustentam), até que um enjoe da cara do outro, ou ache alguém mais divertido pra brincar de “Best Friends Forever
     É a velha “parada” da juventude alienada, desprovida de conteúdo e artificial, alguns ainda tentam amenizar a situação, alegando que faz parte da fase. Fase? Desde quando futilidade merece justificativa, ou tem direito a eufemismo? No meu ponto de vista (e posso defende-lo de maneira plena por conviver com essas situações diariamente), a idiotice é uma doença social, mais repugnante ainda por seus portadores, que consideram-se a nata federal e não enxergam o cargo efetivo no auge do ridículo que eles mesmos conquistaram.
   Sem querer ofender, mas já ofendendo, aos que se enquadram nesse grupo deplorável, meus sinceros pêsames... É que sou da época em que amizade se conquistava com o tempo, que confiança era adquirida com demonstrações de merecimento, e não com um depoimento no orkut, um comentário mentiroso na sua pior foto, ou uma certa quantidade de perguntas no formspring.

Jovens alienados e pessoas fúteis, são as maiores pragas que a humanidade já viu. Possuem direito ao voto, são de difícil adestramento e ainda não há permissão para eliminá-los da face da terra


~~Raysa Lima~~

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sábado, 21 de agosto de 2010

CARTA ESCRITA EM 2070 DC

Documento extraído da revista biográfica "Crónicas de los Tiempos" de abril de 2002.
Um exercício de imaginação, que está para além da ficção. Preocupante por vermos que diariamente se desperdiça um recurso tão importante e que não é inesgotável.

Ano 2070. Acabo de completar 50 anos, mas a minha aparência é de alguém com 85. Tenho sérios problemas renais porque bebo muito pouca água. Creio que me resta pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade.

Recordo quando tinha cinco anos. Tudo era muito diferente. Havia muitas árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro.. .

Agora usamos toalhas de azeite mineral para limpar a pele.

Antes, todas as mulheres mostravam as suas formosas cabeleiras. Agora, devemos rapar a cabeça para a manter limpa sem água.

Antes, o meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira. Hoje, os meninos não acreditam que a água se utilizava dessa forma. Recordo que havia muitos anúncios que diziam CUIDA DA ÁGUA, só que ninguém lhes ligava - pensávamos que a água jamais podia acabar. Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aqüíferos estão Irreversivelmente contaminados ou esgotados. Antes, a quantidade de água indicada como ideal para beber eram oito copos por dia por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo. A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo e tivemos que voltar a usar os poços sépticos (fossas) como no século passado já que as redes de esgotos não se usam por falta de água.

A aparência da população é horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele provocadas pelos raios ultravioletas que já não tem a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera. Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados.

A industria está paralisadas e o desemprego é dramático. As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam-nos em agua potável os salários.

Os assaltos por um bidão de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética. Pela ressequidade da pele, uma jovem de 20 anos está como se tivesse 40.

Os cientistas investigam, mas não parece haver solução possível. Não se pode fabricar água, o oxigênio também está degradado por falta de árvores e isso ajuda a diminuir o coeficiente intelectual das novas gerações.

Alterou-se também a morfologia dos espermatozóides de muitos indivíduos e como conseqüência há muitos meninos com insuficiências, mutações e deformações.

O governo cobra-nos pelo ar que respiramos (137 m3 por dia por habitante adulto). As pessoas que não podem pagar são retiradas das "zonas ventiladas". Estas estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam a energia solar. Embora não sendo de boa qualidade, pode-se respirar. A idade média é de 35 anos.

Em alguns países existem manchas de vegetação normalmente perto de um rio, que é fortemente vigiado pelo exercito. A água tornou-se num tesouro muito cobiçado - mais do que o ouro ou os diamantes. Aqui não há arvores, porque quase nunca chove e quando se registra precipitação, é chuva ácida. As estações do ano tem sido severamente alteradas pelos testes atômicos.

Advertiam-nos que devíamos cuidar do meio ambiente e ninguém fez caso. Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem descrevo o bonito que eram os bosques, lhe falo da chuva, das flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse, o saudável que era a gente, ela pergunta-me: Papá! Porque se acabou a água? Então, sinto um nó na garganta; não deixo de me sentir culpado, porque pertenço à geração que foi destruindo o meio ambiente ou simplesmente não levamos em conta tantos avisos. Agora os nossos filhos pagam um preço alto e sinceramente creio que a vida na terra já não será possível dentro de muito pouco tempo porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível.

Como gostaria voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto, quando ainda podíamos fazer algo para salvar ao nosso planeta terra!


terça-feira, 17 de agosto de 2010

E o que VOCÊ faz para mudar o mundo?



O mundo está doente, nós estamos doentes.

Qual a doença? A “normalidade”! É ela a causadora do comodismo inexorável no qual estamos mergulhados, pois tudo o que há de mais repugnante tornou-se simplesmente normal.

E por que isso acontece? A mídia nos aliena, as próprias instituições de ensino criam mercenários, desde a infância somos guiados para o desenvolvimentos de uma personalidade capitalista, somos induzidos a agir como máquinas, o dinheiro é o combustível social, o poder é a ferramenta principal, e o produto é a miséria emocional.

Estamos doentes, pelo consumismo exasperado, por darmos importância a detalhes tão fúteis e problemas insignificantes, enquanto o mundo clama por socorro. Estamos doentes quando ouvimos relatos de miséria, violência e destruição, e aquilo soa como algo natural.

Todos nós somos responsáveis por isso, quando nos omitimos diante de tudo, quando oprimimos nossa voz por medo da interpretação alheia, quando abandonamos nossas causas por achar que não podemos mudar o mundo. Por isso, tudo o que chegou a proporções extremas e deveria ser basicamente assustador, já habita o terreno do “comum e sem jeito”, aquilo que todo o mundo vê, fala e sabe que existe, mas ignora.

Pouquíssimas pessoas tomam alguma medida capaz de organizar o caos. O caos em que se encontram os ignorados, e aqueles que se perderam na esperança de um amanhã que nunca chegou. Vidas perdidas na guerra de cada um contra sua própria fome, contra a dor lancinante do frio e o ardor da sede que esteve presente até seu ultimo suspiro de agonia.

Mas não adianta achar errado e deixar tudo como está.

Não adiantar ter a voz e ter medo de gritar

Não adiantar ter a força e preguiçar de usar

Não adiantar ter cabeça e não usá-la pra pensar.

O mundo grita por socorro, e o consumismo grita: “estou aqui”. Uns tem fome de pão, sede de educação e justiça. Outros tem fome de dinheiro, sede de poder e não querem nem saber.

 
 
 
E VOCÊ, tem fome?  Tem sede? De que?
 
 
 
 
 
 
~ Raysa Lima ~  #Por1MundoMelhor


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sexta-feira, 13 de agosto de 2010


Quer saber? FODA-SE!



O ser humano há tempos deixou de dirigir sua vida individualmente, se é que um dia ele chegou a fazê-lo. Nesse teatro ao qual a maioria das pessoas se deixa escravizar, elas estão constantemente alternando seus papeis, em um momento são ventrílocos e em outro são fantoches.
As pessoas se tornaram basicamente a soma de tudo o que elas “dizem” abominar, e o planeta é um mero deposito desse lixo, que se auto-denomina humanidade e é regido por um caos total chamado sociedade.
A grande maioria permanece envolta a essa capa de superioridade, que promete segurança...mas não os protege sequer de deles mesmos.
Eu já estou cansada de eufemismo, por isso, por toda essa hipocrisia disfarçada em simpatia e envolta em abraços vazios e palavras sem sentindo. A todos vocês que se encaixam na ridícula ideologia da “normalidade” meu sincero pedido de FODA-SE!
É... F-o-D-a-S-e! Você e seus bons modos!
Foda-se você e seu conceito de anti-ético;
Fodam-se todos vocês que não encaram a verdade com o mesmo nariz empinado que julgam uns aos outros;

Foda-se a moda e toda essa baboseira de ninguém mais usa”;

Foda-se tudo aquilo que limita o ser humano a ser acorrentado pela vida;
Foda-se esse Tabu em cima de tudo aquilo que todo o mundo faz, tem ou vai passar um dia;
Foda-se tudo que se entende por “obrigação”;
Foda-se essa pseudo-liberdade de expressão;
E Foda-se, mas foda-se de verdade essa porcaria de sociedade.







“ Talvez o mundo possa evoluir, no dia em que sairmos desse abismo em cuja a beira nos equilibramos, não malabaristas, mas palhaços em meio a esse circo chamado Sociedade.”

~~Raysa Lima~~


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Caras limpas e Almas presas



Pelo sim, e pelo não, dentre essa disputa de censura liberta e liberdade de expressão contida, notei essa corrente invisível que aprisiona a alma e as ideias, destruindo o que restou da esperança de um grupo de jovens, que hoje em dia não tão jovens, ainda recordam seus momentos de luta e busca incessante por dias melhores.
 Lembranças de um ex-membro da juventude revolucionária que daria a ultima gota do seu sangue pelo direito ao grito, direito esse que pós-conquistado se perdeu na normalidade e deu lugar ao ganância que consome a juventude atual, ao comodismo que a envolve e a busca pelo poder, cuja a promessa compra seu silêncio e sua dignidade.
A alienação se multiplica e é incentivada. A normalidade não é contestada mas sim aceita, como uma espécie de fórmula sem sentido que resulta num produto completamente inútil, denominado “padrão”, onde tudo que se enquadra ao mesmo é aplaudido de pé.

É terminantemente lamentável o que a humanidade chama de evolução, pois olho ao meu redor e me comove o estado em que nos encontramos, num mundo onde os formadores de opinião são taxados de “estranhos”, os tão sonhados dias melhores se tornaram utopia. Na moderna filosofia do pão e circo, a juventude cruza os braços e aceita o despotismo com o raciocínio de um ruminante.
Morrem as ideias, e a sociedade dedica boas vindas à Geração "Ctrl C, Ctrl V”






Raysa Lima


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